quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Alimentos Transgénicos sim ou não?

Você já deve ter ouvido falar na sigla OGM, que quer dizer Organismo Geneticamente Modificado; ou, simplesmente transgênico. Especificamente, trata-se de um ser vivo cuja estrutura genética (a parte da célula onde está armazenado o código da vida), foi alterada pela inserção de genes de outro organismo, de modo a atribuir ao receptor características não programadas pela natureza. Uma planta que produz uma toxina antes só encontrada numa bactéria. Um microorganismo capaz de processar insulina humana.
Um grão acrescido de vitaminas e sais minerais que sua espécie não possuía. Tudo isso é OGM.
A engenharia genética utiliza enzimas para quebrar a cadeia de DNA em determinados lugares, inserindo segmentos de outros organismos costurando a seqüência novamente. Os cientistas podem "cortar" e "colar" genes de um organismo e manipulando sua biologia natural a fim de obter características específicas (por exemplo, determinados genes podem ser inseridos numa planta para que ela produza toxinas contra pestes). Este método é muito diferente do que ocorre naturalmente com o desenvolvimento dos genes.
Os alimentos transgênicos são produtos da biotecnologia, que é uma ciência que, em termos gerais desenvolve produtos por meio de processos biológicos, como por exemplo a alteração genética de espécies através da tecnologia do DNA recombinante. Esta alteração ocorre entre espécies diferentes presentes na natureza e como objetivo de melhorar as características do organismo em estudo. A soja e o milho são exemplos de alimentos geneticamente modificados que estão sendo comercializados no mundo e já existem outros, como mamão, o feijão e o cacau, que ainda estão em estudo. Porém, a grande novidade é o arroz dourado, contendo beta-caroteno – precursor da vitamina A – e o tomate rico em licopeno.
Já foram permitidos nos EUA certas variedades de tomate, soja, algodão, milho, canola e batata. O plantio comercial intensivo também é feito na Argentina, Canadá e China. Na Europa, foi autorizada a comercialização de fumo, soja, canola, milho e chicória, (só o milho é plantado em escala comercial na França, Espanha e Alemanha).
Estima-se que aproximadamente 60% dos alimentos processados contenham algum derivado de soja transgênica e que 30% tenham ingredientes de milho transgênico. Porém, como a maioria destes produtos não estão rotulados, é impossível saber o quanto de alimentos transgênicos está presente em nossa mesa. Em grande parte do mundo os governos nem sequer são notificados se o milho ou a soja que eles importam dos EUA são produtos de um cultivo transgênico ou não.

VANTAGENS DOS TRANSGÉNICOS

  1. O alimento pode ser enriquecido com um componente nutricional essencial. Um feijão geneticamente modificado por inserção de gene da castanha do Para passa produzir metionina, um aminoácido essencial para a vida. Um arroz geneticamente modificado produz vitamina A;
  2. O alimento pode ter a função de prevenir, reduzir ou evitar riscos de doenças, através de plantas geneticamente modificadas para produzir vacinas, ou iogurtes fermentados com microorganismo geneticamente modificados que estimulem o sistema imunológico;
  3. A planta pode resistir ao ataque de insetos, seca ou geada. Isso garante estabilidade dos preços e custos de produção. Um microorganismo geneticamente modificado produz enzimas usadas na fabricação de queijos e pães o que reduz o preço deste ingrediente; Sem falar ainda que aumenta o grau de pureza e a especificidade do ingrediente e permite maior flexibilidade para as indústrias;
  4. Aumento da produtividade agrícola através do desenvolvimento de lavouras mais produtivas e menos onerosas, cuja produção agrida menos o meio ambiente.

DESVANTAGENS DOS TRANSGÉNICOS

  1. 1. O lugar em que o gene é inserido não pode ser controlado completamente, o que pode causar resultados inesperados uma vez que os genes de outras partes do organismo podem ser afetados.
  2. 2. Os genes são transferidos entre espécies que não se relacionam, como genes de animais em vegetais, de bactérias em plantas e até de humanos em animais. A engenharia genética não respeita as fronteiras da natureza – fronteiras que existem para proteger a singularidade de cada espécie e assegurar a integridade genética das futuras gerações.
  3. 3. A uniformidade genética leva a uma maior vulnerabilidade do cultivo porque a invasão de pestes, doenças e ervas daninha sempre é maior em áreas que plantam o mesmo tipo de cultivo. Quanto maior for a variedade (genética) no sistema da agricultura, mais este sistema estará adaptado para enfrentar pestes, doenças e mudanças climáticas que tendem a afetar apenas algumas variedades.
  4. 4. Organismos antes cultivados para serem usados na alimentação estão sendo modificados para produzirem produtos farmacêuticos e químicos. Essas plantas modificadas poderiam fazer uma polinização cruzada com espécies semelhantes e, deste modo, contaminar plantas utilizadas exclusivamente na alimentação.
  5. 5. Os alimentos transgênicos poderiam aumentar as alergias. Muitas pessoas são alérgicas a determinados alimentos em virtude das proteínas que elas produzem. Há evidências de que os cultivos transgênicos podem proporcionar um potencial aumento de alergias em relação a cultivos convencionais.


Doping genético já pode ser detectado em exame de sangue

Será isto verdade?



Cientistas das universidade de Tübingen e Mainz, na Alemanha, desenvolveram um exame de sangue capaz de detectar o doping genético de forma confiável.
"Pela primeira vez, está disponível um método direto que utiliza amostras de sangue convencionais para detectar o doping pela transferência de genes. Ele é eficaz mesmo se o doping real ocorreu até 56 dias antes," diz o Dr. Péricles Simon, um dos membros da equipe. "Isso representa um método de custo relativamente baixo para detectar vários dos genes mais comumente usados na dopagem."
Até agora, era impossível provar que um atleta tivesse passado por um doping genético.
O estudo mostrando a criação do novo teste para doping genético estudo foi publicada no site da revista científicaGene Therapy.
Segundo o estudo, o teste fornece respotas claras do tipo "sim" ou "não", baseado na presença ou na ausência dos chamados DNA transgênicos em amostras de sangue.

Dopagem genética

"Nós criamos um rato com o dobro de glóbulos vermelhos"
" Mas só viveu metade do tempo"
será a dopagem genética benéfica para o futuro?














O que é doping genético?
Em vez de tomar uma substância que melhore seu desempenho, no doping genético o atleta recebe um DNA transgênico que força seu próprio corpo a produzir a substância desejada.
"O processo de inserção de genes individuais em células específicas do corpo vem da ideia de curar doenças graves. Imaginava-se que só seria possível detectar o doping genético pela transferência de genes usando um procedimento analítico indireto extremamente dispendioso no campo da medicina molecular," explicou o professor Michael Bitzer, coautor da pesquisa.
O DNA transgênico - ou DNAt - não se origina da pessoa que está sendo examinada, mas é transferido para o seu corpo - muitas vezes usando vírus (vetor) como meio de transporte - para criar substâncias que melhorem o desempenho, tais como a eritropoietina (EPO), para a formação de glóbulos vermelhos.
"O corpo de um atleta dopado geneticamente produz sozinho os hormônios que melhoram o desempenho, sem a necessidade de introduzir substâncias estranhas ao corpo. Ao longo do tempo, o corpo torna-se seu próprio fornecedor de doping", explicou Simon.

Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=doping-genetico&id=5692



quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

mitose é desvendada .

O cientista Tomomi Kiyomitsu usou seus poderes de observação para resolver um quebra-cabeça que tem intrigado muitos pesquisadores, por muitos anos: em uma célula que está passando pelo processo de mitose, que eventos internos fazem com que os cromossomos se alinhem em um eixo central?
“As pessoas têm procurado em proteínas e agentes da mitose por décadas, e nenhuma observou o que Tomomi conseguiu”, afirma o cientista Iain Cheeseman. “E é muito claro que essas coisas estão acontecendo. Mas nunca alguém olhou com os olhos cuidadosos dele”.
O processo de mitose celular tem sido estudado intensamente por mais de 50 anos. Usando microscopia fluorescente, os cientistas conseguem, hoje, ver a “guerra” que acontece internamente durante a mitose. Proteínas ramificadas, como microtúbulos, ficam em um dos pólos da célula e tentam se ligar aos cromossomos duplicados. Essa estrutura tenta distribuir fisicamente os cromossomos, com a ajuda de outros mecanismos celulares.
A mitose é um processo extremamente preciso; quando o assunto é manipular o DNA, as células são obsessivas, e com razão. Ganhar ou perder um cromossomo durante uma divisão celular pode levar a morte da célula, distúrbios de crescimento ou até câncer.
Conforme Kiyomitsu observava a mitose em células humanas, ele percebeu que quando o eixo oscilava entre o centro da célula, a proteína dineína se alinhava no córtex celular no lado contrário do fuso. Se o fuso se movia para a esquerda, a dineína ia para a direita, e assim por diante.
Para Kiyomitsu, a chave para o mistério do alinhamento é a dineína, que é conhecida como a proteína que “leva” as cargas moleculares pelos microtúbulos. Kiyomitsu determinou que, nesse caso, a dineína está ancorada ao córtex celular por um complexo que inclui outras proteínas. Ao invés de se mover pelos microtúbulos astrais, a dineína age como um guindaste no pólo do eixo.
Kiyomitsu descobriu que quando o eixo dos cromossomos chega muito perto do córtex celular, um sinal enviado por uma proteína chega ao pólo do eixo, e “rebate” a dineína até o outro pólo. Essas oscilações diminuem até que o eixo se forme no centro da célula.
Kiyomitsu comenta que esse processo é crucial para as células. “A orientação do eixo é importante para manter o balanço entre as células-tronco e as maduras durante o desenvolvimento. Se esse processo ficar desregulado, já sabemos que pode contribuir para o surgimento de um câncer, mesmo que os cromossomos estejam divididos de maneira correta”.