quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O sexo e o preservativo

A SIDA tem sido chamada de doença relacionada ao comportamento . Se mais pessoas evitassem o comportamento sexual de risco—usando o preservativo ou aderindo à monogamia—evitariam também contrair as infecções sexualmente transmissível (ISTs) tais como a SIDA. Mas é pouco provável que a atitude da maioria das pessoas mude com relação aos preservativos, a não ser que as regras sociais também mudem. Em algumas culturas, prevalecem certas atitudes relativas à masculinidade que desestimulam o uso dos preservativos e estimulam os comportamentos sexuais de risco por parte do homem, entre eles frequentar profissionais do sexo e manter múltiplas parceiras sexuais.
Alguns podem pensar, erroneamente, que não estão sujeitos a riscos ou que estes riscos são muito pequenos. Outros podem evitar os preservativos por não confiarem neles ou não gostarem da imagem associada ao seu uso.
Claro que mais pessoas usariam os preservativos se eles fossem mais acessíveis ou mais promovidos. Mas acesso e promoção não são suficientes. Da mesma forma que aumentou a necessidade do uso de preservativo e de relações sexuais mais seguras, também tornou-se mais importante que os programas abordem as questões de confiança, discussão e comunicação entre os parceiros de uma relação sexual.
Regras sociais e culturais
Frequentemente, as regras sociais e culturais, particularmente aquelas referentes a cada sexo, desestimulam o uso do preservativo, mesmo quando as pessoas se arriscam a contrair alguma IST. As regras estimulam os homens a assumirem um comportamento sexual de risco e, por outro lado, desencorajam as mulheres a questionarem a actividade sexual de seu parceiro.
As desigualdades entre os sexos, o fato da mulher ter menos poder que o homem, fazem com que muitas mulheres deixem de usar o preservativo ou simplesmente deixem de discutir com seu parceiro sexual a possibilidade do uso do preservativo.
Uma esposa que pede ao marido que use o preservativo está assumindo uma atitude mais decidida do que aquela comumente adotada pelas mulheres de muitas culturas .

No geral, quando a mulher depende financeira e/ou emocionalmente do marido, ela tem mais dificuldade para proteger sua própria saúde reprodutiva . 
Por exemplo, na África Oriental e Central, mesmo suspeitando que seus maridos estejam infectados com o HIV, as mulheres concordam com o coito sem preservativo, porque a procriação é muito importante para a posição da mulher na família e na comunidade
. Um estudo feito na Tailândia constatou que, para serem "bem vistas" pela sociedade, as mulheres têm que aceitar as relações extraconjugais de seus maridos, apesar de não terem, elas próprias, o mesmo direito .

Mesmo as esposas que sabem que seus maridos têm relações extra conjugais podem ter medo de sugerir o uso do preservativo,para algumas, o medo da SIDA é menor do que o medo de sofrer represálias por sugerirem o uso do preservativo . Muitas esposas temem que, se pedirem ao marido que use o preservativo, eles poderiam acusá-las de infidelidade, reagirem com violência ou mesmo abandoná-las .
No Nepal, um estudo de nove comunidades constatou que, por estarem preocupadas em passar a imagem de "bom carácter", as mulheres evitavam usar o preservativo. Mesmo que apenas fizessem comentários sobre o uso dos preservativos, o carácter e fidelidade dessas mulheres seriam questionados,  no Quénia, as esposas declararam não poder discutir questões sexuais com seus maridos, pois se o fizessem, poderiam ser acusadas de ter aprendido sobre o assunto numa relação extraconjugal .
O comportamento dos homens. Na maioria das culturas, o homem tem mais poder do que as mulheres para decidir sobre o uso de preservativos. No entanto, mesmo quando sabem que o sexo desprotegido pode ser perigoso, os homens frequentemente não se protegem e nem a suas parceiras, devido à pressão de outros homens contra o uso do preservativo . Por outro lado, os homens têm maior probabilidade de usar o preservativo quando pensam que esta é uma norma social bem aceita. Em Uganda, por exemplo, os homens que, referindo-se ao seu local de trabalho, concordavam com a frase "muitos dos homens que trabalham aqui estão agora usando preservativos", tinham uma probabilidade três vezes maior de ter usado preservativos nos últimos dois meses do que os homens que não concordavam com a frase  Um estudo de adolescentes norte-americanos também constatou que eles tinham maior probabilidade de usarem os preservativos quando achavam que seus amigos também os usavam.

Na Tailândia, antes do sucesso do "Programa de 100% de Uso de Preservativos", a taxa de uso era baixa mesmo entre os homens que frequentavam locais de comércio de sexo, porque seus companheiros desprezavam o uso de preservativos. Depois de iniciada a campanha, o uso de preservativos vem aumentando, à medida que as normas também mudam em função da maior consciencialização sobre os riscos do sexo desprotegido .
A imagem dos preservativos
Em alguns lugares, os preservativos tem problemas de imagem. Algumas pessoas têm uma imagem negativa dos preservativos por causa de experiências pessoais mal sucedidas, mas muito frequentemente o problema real é a má reputação, os boatos e os mitos . As pessoas frequentemente associam os preservativos à sujeira, ao sexo ilícito, à infidelidade e ao comportamento imoral .
No Brasil e na Guatemala, mulheres entrevistadas disseram que os preservativos são para as "mulheres da vida e não para as donas de casa". Na Jamaica o preservativo é para ser usado "fora e não dentro do relacionamento". Na África do Sul o preservativo é somente para "as parceiras escondidas.
Na África Ocidental, muitos homens acreditam que o uso do preservativo é apropriado com suas namoradas ou parceiras casuais, mas não com suas esposas . A mudança das percepções negativas sobre o preservativo pode ajudar a aumentar seu uso. O uso do preservativo deveria tornar-se norma social e prática automática sempre que houver risco de HIV ou outras ISTs .
Percepção do risco
Muitas pessoas se iludem sobre o risco real de contrair a HIV/SIDA ou outras ISTs e, por isso, têm pouca motivação para usarem preservativos (. Por exemplo, em Georgetown, Guiana, onde 25% da população adulta está infectada com HIV, 40% das profissionais do sexo declararam não acreditar que corriam o risco de contrair o HIV .
Para muitas pessoas, o risco da SIDA parece algo vago e distante, que não merece a sua preocupação nem o inconveniente e a perda do prazer sexual que associam ao uso dos preservativos . Na África do Sul, por exemplo, os trabalhadores das minas de ouro que praticavam sexo desprotegido com profissionais do sexo consideravam que o risco de contraírem SIDA no futuro era menos real e, portanto, menor dos que os riscos reais que enfrentavam em seu trabalho diário .
Uma pessoa casada pode correr o risco de contrair HIV/SIDA ou outras ISTs se não souber que seu cônjuge tem outro(a) parceiro(a) sexual. Muitas esposas acreditam, mas não têm certeza absoluta, que participam de uma relação sexual monogâmico (204, 260, 440, 487). Para poder avaliar correctamente o próprio risco, elas dependem do conhecimento que têm sobre o comportamento sexual de seus esposos

para saber mais vá: http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=4459&ReturnCatID=1822

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Lavar pénis após o ato sexual pode aumentar o risco de AIDS ( SIDA)

Lavar o pênis logo após uma relação sexual pode elevar o risco de contrair o vírus HIV em homens não circuncidados, indicou uma pesquisa realizada em Uganda, informou o jornal The New York Times. O trabalho foi apresentado pela equipe do médico Fredrick Makumbi na Conferência sobre Patogênese e Tratamento do HIV, realizada julho, na Austrália. No mesmo evento, o cientista americano Robert Bailey defendeu a circuncisão como forma de evitar o contágio de milhões de pessoas.

 

Segundo Makumbi, o perigo de infecção é maior ao lavar o pênis nos 10 primeiros minutos após o término da relação. "Aguardar 10 minutos antes de tomar banho diminui a incidência de infecção em até 20%", disse o pesquisador. No seu estudo, ele também defende que quanto mais água é usada, maior é o risco de contágio. Ele especula que isso aconteça porque o órgão não seca de forma adequada, aumentando a chance de que células inflamem e se tornem mais vulneráveis à infecção do vírus da aids.
"Usar sabão e água, ou outros desinfetantes para lavar o pênis após a relação pode ajudar o HIV a chegar no sangue por meio de pequenos ferimentos", afirmou Makumbi, que é médico do Instituto de Saúde Pública da Universidade Makerere. O resultado surpreendeu até mesmo o time de pesquisadores, pois aponta o contrário sobre a limpeza genital como uma forma de evitar o contágio de doenças sexualmente transmissíveis.
Makumbi estudou 2.552 homens não circuncidados no distrito de Rakai, em Uganda. Os homens tinham idade entre 15 e 49 anos, não eram circuncidados e não estavam infectados com o HIV quando se cadastraram na pesquisa. Mais de 80% disseram que se lavavam depois da relação sexual com qualquer que fosse o parceiro. Os pesquisadores questionaram quando e como os homens se lavavam após as relações no momento do cadastro e seis, 12 e 24 meses depois.
Os homens que se lavavam no intervalo de três minutos após a relação tinham cerca de 2% de risco de infecção em comparação com 0,4% entre os que atrasavam a lavagem para 10 minutos após o sexo. Além de usar camisinha, a sabedoria popular e os ensinamentos de muitos especialistas até então sugeriam lavar o órgão sexual não só com sabão e água, mas também com vinagre e limão, como um método de matar o vírus HIV. Tal prática é muito comum na África.
Makumbi também sugere que a higiene depois do ato sexual pode remover enzimas do fluído vaginal que ajudam a neutralizar o HIV. "No momento, a circuncisão, e não a higiene, deveria ser nossa prioridade para prevenir o contágio do vírus da aids", afirmou. 
Redação Terra

 

Alelos letais: Os genes que matam


As mutações que ocorrem nos seres vivos são totalmente aleatórias e, às vezes, surgem variedades genéticas que podem levar a morte do portador antes do nascimento ou, caso ele sobreviva, antes de atingir a maturidade sexual. Esses genes que conduzem à morte do portador, são conhecidos como alelos letais. Por exemplo, em uma espécie de planta existe o gene C, dominante, responsável pela coloração verde das folhas. O alelo recessivo c, condiciona a ausência de coloração nas folhas, portanto o homozigoto recessivo cc morre ainda na fase jovem da planta, pois esta precisa do pigmento verde para produzir energia através da fotossíntese. O heterozigoto é uma planta saudável, mas não tão eficiente na captação de energia solar, pela coloração verde clara em suas folhas. Assim, se cruzarmos duas plantas heterozigotas, de folhas verdes claras, resultará na proporção 2:1 fenótipos entre os descendentes, ao invés da proporção de 3:1 que seria esperada se fosse um caso clássico de monoibridismo (cruzamento entre dois indivíduos heterozigotos para um único gene). No caso das plantas o homozigoto recessivo morre logo após germinar, o que conduz a proporção 2:1.

P
Planta com folhas verde claras
                       c
C
Planta com folhas verde claras
c

CC
Verde escuro
Cc
Verde clara
Cc
Verde clara
cc
Inviável

F1 = Fenótipo: 2/3 Verde clara
                           1/3 Verde escura
Genótipo: 2/3 Cc
                 1/3 CC

Esse curioso caso de genes letais foi descoberto em 1904 pelo geneticista francês Cuénot, que estranhava o fato de a proporção de 3:1 não ser obedecida. Logo, concluiu se tratar de uma caso de gene recessivo que atuava como letal quando em dose dupla.
No homem, alguns genes letais provocam a morte do feto. É o caso dos genes para acondroplasia, por exemplo. Trata-se de uma anomalia provocada por gene dominante que, em dose dupla, acarreta a morte do feto, mas em dose simples ocasiona um tipo de nanismo, entre outras alterações.
genes letais no homem, que se manifestam depois do nascimento, alguns na infância e outros na idade adulta. Na infância, por exemplo, temos os causadores da fibrose cística e da distrofia muscular de Duchenne (anomalia que acarreta a degeneração da bainha de mielina nos nervos). Dentre os que se expressam tardiamente na vida do portador, estão os causadores da doença de Huntington, em que há a deterioração do tecido nervoso, com perde de células principalmente em uma parte do cérebro, acarretando perda de memória, movimentos involuntários e desequilíbrio emocional
Mais informação em:
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Genetica/leismendel7.php