O Fenótipo Bombaim -, grupo sanguíneo hh, ou grupo sangüíneo de Bombaim (Bombay phenotype, em inglês), é um fenômeno raro, primeiramente descoberto na cidade de Bombaim, Índia, pelo qual indivíduos que possuem genótipo referente aos grupos sangüíneos "A", "B", ou "AB" expressam o grupo sangüíneo "O". Essas pessoas não produzem a enzima ativa (H) que transformaria uma substância precursora em antígeno H. Os antígenos A e B são produzidos a partir desse antígeno. Desse modo, a sua ausência faz com que essas pessoas não apresentem quer o antígeno A, quer o B, nos seus glóbulos vermelhos, mesmo que possuam alelos referentes à síntese dessas substâncias.[1]
A produção dessa enzima é determinada por um gene dominante; não acontece em casos de recessividade desses genes e não possui relação com os genes determinantes dos tipos sangüíneos.[1]
O paciente que receber sangue contendo um antígeno que jamais esteve no seu próprio sangue terá uma reação imune. Assim sendo, os indivíduos com o fenótipo de Bombaim podem doar sangue para qualquer membro do sistema ABO (a não ser que outro fator sangüíneo, como o Rh, seja incompatível), mas não podem receber de nenhum membro do sistema ABO (cujo sangue contém sempre um ou mais antígenos A, B e H); somente recebem sangue de indivíduos com o fenótipo de Bombaim[carece de fontes]. Os testes costumeiros para o sistema ABO os apontam como integrantes do grupo O, porém incompatibildades relacionadas a cruzamentos podem evidenciar o falso "O". Por exemplo, um pai e uma mãe, ambos com sangue, supostamente, tipo "O", ao gerar um filho com sangue tipo "A", evidenciam que um dos pais ou os dois possuem pelo menos o antígeno "A" e outros exames de laboratório mais específicos podem confirmar o fenômeno.
sexta-feira, 16 de março de 2012
segunda-feira, 12 de março de 2012
APLICAÇÕES DA ANÁLISE DOS GRUPOS SANGUÍNEOS DO SISTEMA ABO
A determinação dos grupos sanguíneos tem várias aplicações, entre as quais: transfusões de sangue; reconhecimento de crianças trocadas nos hospitais e em casos de paternidade duvidosa.
Através do conhecimento do grupo sanguíneo da mãe e dos filhos, é possível saber se um indivíduo pode ou não ser o pai da criança.
Por exemplo:
Explicação:
Como se pode verificar através destes exemplos, há situações em que, pela análise do sangue, é possível excluir, com segurança, a paternidade de um indivíduo. Porém, nunca é possível afirmar a paternidade, restando, quando muito uma situação de incerteza.
Existe, actualmente,um processo que permite a identificação da paternidade com um elevado grau de segurança.
Esse método, conhecido por DNA fingerprint, consiste em analisar as sequências de nucleóticos de DNA extraído de células sanguíneas obtidas por uma simples picadela no dedo, ou de outras células do organismo, como, por exemplo, do cabelo ou da pele.
Utilizando uma técnica relativamente complexa, é possível obter fragmentos da molécula de DNA com sequências únicas e específicas de cada indivíduo, constituindo verdadeiras "impressões digitais genéticas". Sendo assim, além da determinação da paternidade, esta técnica revela-se de grande utilidade na identificação de criminosos.
Fig. 4 - Observação de uma fotografia de "impressões digitais genéticas".
Nota: A barra marcada com * corresponde a uma porção de DNA obtido a partir de células sanguíneas do sangue encontrado no local do crime. Por comparação com "impressões digitais genéticas" de vários suspeitos foi possível identificar o criminoso (suspeito nº3).
Através do conhecimento do grupo sanguíneo da mãe e dos filhos, é possível saber se um indivíduo pode ou não ser o pai da criança.
Por exemplo:
Explicação:
Como se pode verificar através destes exemplos, há situações em que, pela análise do sangue, é possível excluir, com segurança, a paternidade de um indivíduo. Porém, nunca é possível afirmar a paternidade, restando, quando muito uma situação de incerteza.
Existe, actualmente,um processo que permite a identificação da paternidade com um elevado grau de segurança.
Esse método, conhecido por DNA fingerprint, consiste em analisar as sequências de nucleóticos de DNA extraído de células sanguíneas obtidas por uma simples picadela no dedo, ou de outras células do organismo, como, por exemplo, do cabelo ou da pele.
Utilizando uma técnica relativamente complexa, é possível obter fragmentos da molécula de DNA com sequências únicas e específicas de cada indivíduo, constituindo verdadeiras "impressões digitais genéticas". Sendo assim, além da determinação da paternidade, esta técnica revela-se de grande utilidade na identificação de criminosos.
Nota: A barra marcada com * corresponde a uma porção de DNA obtido a partir de células sanguíneas do sangue encontrado no local do crime. Por comparação com "impressões digitais genéticas" de vários suspeitos foi possível identificar o criminoso (suspeito nº3).
segunda-feira, 5 de março de 2012
Vacinas para alergia
A imunoterapia, também chamada de vacinação antialérgica, terapia de desensibilização e terapia de hiposensibilização, é o único tratamento para alergia que pode diminuir a longo prazo sua sensibilidade aos alérgenos. O conceito baseia-se no mesmo princípio das imunizações para gripe ou poliomielite. Doses pequenas e controladas de um alérgeno ou alérgenos são introduzidas no corpo para que você possa desenvolver tolerância. As injeções levam ao desenvolvimento de uma resposta imune protetora através do aumento das células T supressoras e do aumento de anticorpos protetores ou "bloqueadores". Quanto mais tolerante se tornar o corpo, menos sintomas você terá. A boa notícia é que a imunoterapia proporciona uma melhora significativa em mais de 90% dos pacientes com rinite alérgica periódica e em 70 a 80% daqueles com rinite alérgica perene.
Quando considerar a vacinação antialérgica
O seu armário de remédios se parece com uma farmácia? O seu nariz escorrendo interfere nos relacionamentos amorosos? Você se sente cansado todas as horas de todos os dias? Se os medicamentos para alergia não são efetivos o suficiente para controlar seus sintomas, pergunte ao seu médico sobre a imunoterapia ou desensibilização da alergia. As vacinas impedem o desenvolvimento de novas alergias e reduzem a probabilidade de desenvolver asma de 58% para menos de 23% em crianças com rinite alérgica. As vacinas para alergia podem fazer uma grande diferença na sua vida. Combinadas com o controle ambiental, as vacinas podem diminuir seus sintomas e ajudar a ter um melhor controle sobre as alergias.
As vacinas antialérgicas são sugeridas quando:
O seu armário de remédios se parece com uma farmácia? O seu nariz escorrendo interfere nos relacionamentos amorosos? Você se sente cansado todas as horas de todos os dias? Se os medicamentos para alergia não são efetivos o suficiente para controlar seus sintomas, pergunte ao seu médico sobre a imunoterapia ou desensibilização da alergia. As vacinas impedem o desenvolvimento de novas alergias e reduzem a probabilidade de desenvolver asma de 58% para menos de 23% em crianças com rinite alérgica. As vacinas para alergia podem fazer uma grande diferença na sua vida. Combinadas com o controle ambiental, as vacinas podem diminuir seus sintomas e ajudar a ter um melhor controle sobre as alergias.
As vacinas antialérgicas são sugeridas quando:
- há uma resposta incompleta aos medicamentos;
- os medicamentos causam efeitos colaterais inaceitáveis;
- não é possível evitar o alérgeno;
- há um desejo de diminuir o uso dos medicamentos a longo prazo, como no caso de crianças ou de uma mulher que deseja engravidar daqui a alguns anos;
- elas podem prevenir o desenvolvimento de alergias adicionais ou problemas de saúde relacionados. Em crianças, as vacinas têm diminuído a probabilidade de desenvolver asma.
O primeiro passo na imunoterapia é fazer o teste de alergia, que conta ao médico ao que você é alérgico e o quanto você é sensível. Usando os resultados do teste e o seu histórico, o alergista prepara extratos próprios para você, feitos de um ou mais alérgenos. Como a maioria das pessoas alérgicas reage adversamente a muitos alérgenos, podem ser feitos vários extratos (colocados em frascos individuais). Algumas pessoas precisarão de apenas uma injeção por vez, enquanto outros precisarão mais de uma mistura de extratos e mais do que uma injeção, dependendo de quantos alérgenos precisarem ser cobertos.
A maioria dos extratos é para alérgenos que estão no ar, como os pólens, esporos de fungos, ácaros de poeira e escamações de animais e para alergias a picadas de insetos. A terapia de desensibilização visando as alergias a picadas de insetos é chamada de imunoterapia com veneno. Não há extratos aprovados pelo FDA para alergias alimentares, alergia ao látex e algumas alergias químicas.
Prós e contras
Como com qualquer tratamento médico, a imunoterapia tem vantagens e desvantagens. É melhor examinar ambas antes de tomar uma injeção dessas.
A maioria dos extratos é para alérgenos que estão no ar, como os pólens, esporos de fungos, ácaros de poeira e escamações de animais e para alergias a picadas de insetos. A terapia de desensibilização visando as alergias a picadas de insetos é chamada de imunoterapia com veneno. Não há extratos aprovados pelo FDA para alergias alimentares, alergia ao látex e algumas alergias químicas.
Prós e contras
Como com qualquer tratamento médico, a imunoterapia tem vantagens e desvantagens. É melhor examinar ambas antes de tomar uma injeção dessas.
Vantagens da imunoterapia:
- a imunoterapia é o único tratamento de alergia que altera as reações do sistema imunológico e pode trazer benefícios duradouros;
- as vacinas antialérgicas, aplicadas dentro de um esquema regular, ajudam a aliviar os sintomas, especialmente para quem sofre de alergias transportadas pelo ar e perenes;
- a imunoterapia é um tratamento bem estabelecido e efetivo e tem sido usada desde 1900. Está constantemente avançando e melhorando. Por exemplo, há 20 anos os extratos continham pouco ou nenhum alérgeno de ácaro de poeira; atualmente isso mudou;
- os extratos alergênicos não causam dependência fisiológica;
- muitos pacientes encontram alívio depois de três a seis meses de tratamento;
- as vacinas são seguras. Podem ser aplicadas em crianças e mulheres grávidas, embora não devam ser iniciadas durante a gravidez. Após uma injeção, os pacientes são monitorados no consultório médico caso ocorra alguma reação;
- a maioria das vacinas são aplicadas com uma agulha fina dentro do tecido adiposo, não sendo dolorosas;
- um programa de imunoterapia com 3 a 5 anos de duração pode dar alívio da alergia por 10 a 30 anos.
Desvantagens da imunoterapia:
- inconveniência; as vacinas para alergia são geralmente aplicadas toda semana, durante vários meses, depois quinzenalmente e por fim a cada três ou quatro semanas; ter que fazer várias visitas ao consultório médico pode ser uma grande desvantagem para aqueles que têm uma agenda de trabalho agitada e vidas ocupadas; indivíduos que vivem na zona rural podem achar difícil fazer uma longa viagem até o consultório médico com tanta freqüência;
- o compromisso com uma obrigação trabalhosa; dependendo da sua sensibilidade, você poderá receber vacinas por três a cinco anos;
- as vacinas anti-alérgicas não são a cura para tudo, aliás, nada é. A batalha contra as alergias é multidimensional. Você não pode depender somente das vacinas para aliviar os sintomas. Se não forem tomadas medidas para evitar o alérgeno, as injeções poderão ser ineficazes;
- muitas crianças e alguns adultos têm medo de injeções;
- o local da injeção pode ficar dolorido e vermelho por várias horas ou dias. As doses de vacina devem ser aplicadas alternadamente em cada braço;
- risco de anafilaxia; sintomas: lábios, língua ou orelhas inchados; inquietação ou agitação; face vermelha; urticária; sensações de picadas e coceira na garganta e na pele; palpitações ou zunido nos ouvidos; espirros, tosse ou dificuldade para respirar; náusea ou vômito; tontura; perda de controle da bexiga ou intestino; convulsões; pulso rápido e fraco; pele fria, úmida e pálida; falta de responsividade, que é o efeito colateral mais sério. Contudo, a maioria dos alergistas exige que o paciente permaneça no consultório por 15-30 min após receber uma injeção, uma exigência inconveniente, porém necessária. O risco é maior em pacientes com asma fora de controle;
- as vacinas não controlam as alergias alimentares e podem agravar os sintomas de alergia na pele. Mas podem realmente ajudar o eczema.
Depois que você identificar seu problema de alergia, o próximo passo é escolher um tratamento. Apesar de haver muitos tratamentos efetivos, é importante escolher aquele que seja certo para você. Isso pode variar de um simples remédio vendido sem receita médica até um medicamento vendido somente com prescrição. Seu médico, depois que você encontrar um apropriado, deve ser capaz de ajudar.
Fontes:
http://jblog.jb.com.br/asuasaude/2011/08/19/alergia-imunoterapia-e-a-solucao/
http://www.colegioweb.com.br/biologia/imunoterapia.html
sexta-feira, 2 de março de 2012
Vírus afinal curam doenças?
Uma nova pesquisa conseguiu “engenhar” um vírus injetado no sangue
que pode alvejar seletivamente as células cancerosas em todo o corpo.
Com resultados inéditos, o vírus atacou apenas tumores, deixando o
tecido saudável intacto, em um pequeno teste com 23 pacientes.
Segundo os pesquisadores, as descobertas podem transformar totalmente
as terapias. O tratamento com vírus se mostrou uma promessa real.
Apesar de não ser um conceito novo, antes precisava ser injetado
diretamente em tumores, a fim de escapar do sistema imunológico.
Na pesquisa, os cientistas modificaram o vírus JX-594, que é famoso
por ser usado para desenvolver uma vacina contra a varíola. Ele é
dependente de uma via química, comum em alguns tipos de câncer, para
replicar.
O vírus foi injetado em doses diferentes no sangue dos pacientes que tinham câncer espalhado para vários órgãos do corpo.
Dos 8 pacientes que receberam a dose mais alta, o vírus replicou nos tumores de 7, mas não no tecido saudável.
“Esta é a primeira vez na história da medicina que uma terapia viral
tem se mostrado consistente e replicado seletivamente no tecido de
câncer após infusão intravenosa em humanos”, disse o pesquisador chefe,
John Bell. “A entrega por via intravenosa é crucial para o tratamento do
câncer porque nos permite alvejar tumores por todo o corpo e não apenas
aqueles nos quais podemos injetar diretamente”, explica.
A infecção impediu o crescimento do tumor em 6 pacientes por um tempo. No entanto, o vírus não curou o câncer.
Os pesquisadores acreditam que o vírus pode ser usado para oferecer
tratamentos diretamente às células cancerosas em concentrações elevadas,
como terapia para cânceres complicados e difíceis de tratar.
fonte: http://www.suapesquisa.com/cienciastecnologia/virus.htm
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