quarta-feira, 30 de maio de 2012

Como calcular a sua pegada ecológica

A Calculadora da Pegada Ecológica consiste num programa informático que faz o cruzamento das respostas a um questionário simples sobre as opções e hábitos de consumo, com outras variáveis como o local do Planeta, ou o número de habitantes da Cidade em que se vive, sendo atribuído um resultado final, em hectares globais. Este resultado representa a parcela do Planeta necessária para manter o actual estilo de vida da pessoa - a sua Pegada Ecológica. No final, a calculadora faz um paralelo com o que aconteceria se toda a população humana tivesse uma Pegada Ecológica semelhante à que está a ser calculada. 

A calculadora sugere ainda medidas práticas e simples para diminuir a Pegada Ecológica e permite acompanhar o progresso em direcção a um modo de vida mais “amigo do Ambiente”.
Aqui está o link para a calculadora ecológica:
http://www.myfootprint.org/
http://www.m-almada.pt/portal/page/portal/AMBIENTE/PEGADA/?amb=0&ambiente_pegada=12097350&cboui=12097350 - 30/05/12

terça-feira, 22 de maio de 2012

Poluição nos Açores

O Governo açoriano e a Câmara Municipal da Praia da Vitória vão promover um estudo hidro-geológico para apurar se existe poluição dos solos ou contaminação de aquíferos devido aos combustíveis dos militares norte-americanos na Base das Lajes.
Este estudo surge na sequência de um relatório de 2005, elaborado por uma empresa norte-americana, que detectou um "perigo potencial" de contaminação dos aquíferos junto à Base das Lajes, explicou o representante do Açores na Comissão de Acompanhamento do Acordo de Cooperação e Defesa entre Portugal e os Estados Unidos.

Segundo André Bradford, o Governo Regional teve acesso a este relatório agora desclassificado que identifica locais com infiltrações de combustíveis na base aérea e junto ao seu perímetro.

Perante isso, o Governo açoriano e a autarquia da Praia da Vitória vão avançar com um estudo para apurar o verdadeiro nível de poluição e perceber como ocorreu e, caso se confirme, apurar responsabilidades, adiantou André Bradford.

O estudo promovido pela Região Autónoma dos Açores será elaborado por uma entidade externa credível e independente.

Os militares norte-americanos têm um destacamento na base portuguesa das Lajes, Ilha Terceira, há várias décadas, uma presença que está prevista ao abrigo do Acordo de Cooperação e Defesa assinado entre os dois países.

André Bradford reafirmou que as análises à água de consumo público realizadas pela Câmara Municipal da Praia da Vitória demonstram "valores absolutamente normais".

O PSD/Açores exigiu ontem do Governo Regional socialista uma "posição e uma atitude" face à eventual contaminação dos aquíferos da Ilha Terceira com combustíveis dos militares norte-americanos das Lajes. "Importa com urgência apurar se o aquífero base da Ilha Terceira e outros ramais estão ou não contaminados com hidrocarbonetos e metais pesados", frisou Carla Bretão, porta-voz dos sociais-democratas para as questões do Ambiente.


http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1327585&idCanal=92 - 22/05/12

quinta-feira, 10 de maio de 2012

O que é a eutrofização ?
 
 
 
    Do ponto de vista ecológico, o termo "eutrofização" designa o processo de degradação que sofrem os lagos e outros reservatórios naturais de água quando excessivamente enriquecidos de nutrientes, que limita a atividade biológica.
 

   A eutrofização pode ser natural, já que todos os lagos tendem para esse estado, ou cultural, quando as manifestações não se processam à escala do tempo geológico, mas a um ritmo galopante, provocado pela intervenção do homem.

  
 
Eutrofização - Lagoa das Sete Cidades - Açores
    Dada a grande concentração de nutrientes, especialmente azoto e fósforo, frequentemente arrastados para os lagos e lagoas pelas águas carregadas de fertilizantes químicos, as algas multiplicam-se com uma rapidez extraordinária, formando uma espessa cortina verde à superfície da água, a qual impede a penetração da luz até às zonas profundas. Como consequência, as colónias de algas que se encontram a maior profundidade deixam de receber luz, pelo que, impossibilitadas de realizar a fotossíntese, acabam por morrer e entrar em decomposição. As algas das camadas superiores continuam a receber luz e a produzir oxigénio, mas a maior parte deste gás perde-se para a atmosfera. 
 
   Nas circunstancias atrás referidas, os lagos e lagoas entram em anóxia (falta de oxigénio na água), o que leva também à morte de muitos peixes, que, na falta de algas, deixam de ter alimento suficiente para a sua sobrevivência.
   A anóxia é um dos problemas resultantes da eutrofização. Mas esta é agravada por outros fatores. As algas em decomposição libertam gases, nomeadamente metano (muito tóxico), criando condições para o aparecimento de algas "malignas", como é o caso das cianófitas, mais conhecidas por algas azuis. Também o arrastamento de detritos físicos para as margens da lagoa, pedras, dejetos, areia e outros, faz diminuir o volume de água. E com menos água, aumenta a concentração do "caldo de nutriente", acelerando a eutrofização, que tende a transformar os lagos e lagoas em autênticos pântanos.

   Grande parte dos lagos, lagoas e albufeiras da Europa acham-se num estádio mais ou menos avançado de eutrofização.
Na Espanha, cerca de 30% das albufeiras estão eutrofizadas e, em Portugal, as lagoas açorianas das Sete Cidades (figura acima), das Furnas e do Fogo encontram-se também em adiantado estado de eutrofização.

sexta-feira, 16 de março de 2012

efeito de bombaim

O Fenótipo Bombaim -, grupo sanguíneo hh, ou grupo sangüíneo de Bombaim (Bombay phenotype, em inglês), é um fenômeno raro, primeiramente descoberto na cidade de Bombaim, Índia, pelo qual indivíduos que possuem genótipo referente aos grupos sangüíneos "A", "B", ou "AB" expressam o grupo sangüíneo "O". Essas pessoas não produzem a enzima ativa (H) que transformaria uma substância precursora em antígeno H. Os antígenos A e B são produzidos a partir desse antígeno. Desse modo, a sua ausência faz com que essas pessoas não apresentem quer o antígeno A, quer o B, nos seus glóbulos vermelhos, mesmo que possuam alelos referentes à síntese dessas substâncias.[1]
A produção dessa enzima é determinada por um gene dominante; não acontece em casos de recessividade desses genes e não possui relação com os genes determinantes dos tipos sangüíneos.[1]
O paciente que receber sangue contendo um antígeno que jamais esteve no seu próprio sangue terá uma reação imune. Assim sendo, os indivíduos com o fenótipo de Bombaim podem doar sangue para qualquer membro do sistema ABO (a não ser que outro fator sangüíneo, como o Rh, seja incompatível), mas não podem receber de nenhum membro do sistema ABO (cujo sangue contém sempre um ou mais antígenos A, B e H); somente recebem sangue de indivíduos com o fenótipo de Bombaim[carece de fontes]. Os testes costumeiros para o sistema ABO os apontam como integrantes do grupo O, porém incompatibildades relacionadas a cruzamentos podem evidenciar o falso "O". Por exemplo, um pai e uma mãe, ambos com sangue, supostamente, tipo "O", ao gerar um filho com sangue tipo "A", evidenciam que um dos pais ou os dois possuem pelo menos o antígeno "A" e outros exames de laboratório mais específicos podem confirmar o fenômeno.

segunda-feira, 12 de março de 2012

APLICAÇÕES DA ANÁLISE DOS GRUPOS SANGUÍNEOS DO SISTEMA ABO

A determinação dos grupos sanguíneos tem várias  aplicações, entre as quais: transfusões de sangue; reconhecimento de crianças trocadas nos hospitais e em casos de paternidade duvidosa.
     Através do conhecimento do grupo sanguíneo da mãe e dos filhos, é possível saber se um indivíduo pode ou não ser o pai da criança.

 Por exemplo:
  
 

 Explicação:
 


 
     Como se pode verificar através destes exemplos, há situações em que, pela análise do sangue, é possível excluir, com segurança, a paternidade de um indivíduo. Porém, nunca é possível afirmar a paternidade, restando, quando muito uma situação de incerteza.
     Existe, actualmente,um processo que permite a identificação da paternidade com um elevado grau de segurança.
Esse método, conhecido por DNA fingerprint, consiste em analisar as sequências de nucleóticos de DNA extraído de células sanguíneas obtidas por uma simples picadela no dedo, ou de outras células do organismo, como, por exemplo, do cabelo ou da pele.
     Utilizando uma técnica relativamente complexa, é possível obter fragmentos da molécula de DNA com sequências únicas e específicas de cada indivíduo, constituindo verdadeiras "impressões digitais genéticas". Sendo assim, além da determinação da paternidade, esta técnica revela-se de grande utilidade na identificação de criminosos.
 


 
 

 Fig. 4 - Observação de uma fotografia de "impressões digitais   genéticas".
 
Nota: A barra marcada com * corresponde a uma porção de DNA obtido a partir de células sanguíneas do sangue encontrado no local do crime. Por comparação com "impressões digitais genéticas" de vários suspeitos foi possível identificar o criminoso (suspeito nº3).
 


segunda-feira, 5 de março de 2012

Vacinas para alergia

A imunoterapia, também chamada de vacinação antialérgica, terapia de desensibilização e terapia de hiposensibilização, é o único tratamento para alergia que pode diminuir a longo prazo sua sensibilidade aos alérgenos. O conceito baseia-se no mesmo princípio das imunizações para gripe ou poliomielite. Doses pequenas e controladas de um alérgeno ou alérgenos são introduzidas no corpo para que você possa desenvolver tolerância. As injeções levam ao desenvolvimento de uma resposta imune protetora através do aumento das células T supressoras e do aumento de anticorpos protetores ou "bloqueadores". Quanto mais tolerante se tornar o corpo, menos sintomas você terá. A boa notícia é que a imunoterapia proporciona uma melhora significativa em mais de 90% dos pacientes com rinite alérgica periódica e em 70 a 80% daqueles com rinite alérgica perene.


Quando considerar a vacinação antialérgica

O seu armário de remédios se parece com uma farmácia? O seu nariz escorrendo interfere nos relacionamentos amorosos? Você se sente cansado todas as horas de todos os dias? Se os medicamentos para alergia não são efetivos o suficiente para controlar seus sintomas, pergunte ao seu médico sobre a imunoterapia ou desensibilização da alergia. As vacinas impedem o desenvolvimento de novas alergias e reduzem a probabilidade de desenvolver asma de 58% para menos de 23% em crianças com rinite alérgica. As vacinas para alergia podem fazer uma grande diferença na sua vida. Combinadas com o controle ambiental, as vacinas podem diminuir seus sintomas e ajudar a ter um melhor controle sobre as alergias.

As vacinas antialérgicas são sugeridas quando:
  • há uma resposta incompleta aos medicamentos;
  • os medicamentos causam efeitos colaterais inaceitáveis;
  • não é possível evitar o alérgeno;
  • há um desejo de diminuir o uso dos medicamentos a longo prazo, como no caso de crianças ou de uma mulher que deseja engravidar daqui a alguns anos;
  • elas podem prevenir o desenvolvimento de alergias adicionais ou problemas de saúde relacionados. Em crianças, as vacinas têm diminuído a probabilidade de desenvolver asma.

O primeiro passo na imunoterapia é fazer o teste de alergia, que conta ao médico ao que você é alérgico e o quanto você é sensível. Usando os resultados do teste e o seu histórico, o alergista prepara extratos próprios para você, feitos de um ou mais alérgenos. Como a maioria das pessoas alérgicas reage adversamente a muitos alérgenos, podem ser feitos vários extratos (colocados em frascos individuais). Algumas pessoas precisarão de apenas uma injeção por vez, enquanto outros precisarão mais de uma mistura de extratos e mais do que uma injeção, dependendo de quantos alérgenos precisarem ser cobertos.

A maioria dos extratos é para alérgenos que estão no ar, como os pólens, esporos de fungos, ácaros de poeira e escamações de animais e para alergias a picadas de insetos. A terapia de desensibilização visando as alergias a picadas de insetos é chamada de imunoterapia com veneno. Não há extratos aprovados pelo FDA para alergias alimentares, alergia ao látex e algumas alergias químicas.

Prós e contras

Como com qualquer tratamento médico, a imunoterapia tem vantagens e desvantagens. É melhor examinar ambas antes de tomar uma injeção dessas.


Vantagens da imunoterapia:
  • a imunoterapia é o único tratamento de alergia que altera as reações do sistema imunológico e pode trazer benefícios duradouros;
  • as vacinas antialérgicas, aplicadas dentro de um esquema regular, ajudam a aliviar os sintomas, especialmente para quem sofre de alergias transportadas pelo ar e perenes;
  • a imunoterapia é um tratamento bem estabelecido e efetivo e tem sido usada desde 1900. Está constantemente avançando e melhorando. Por exemplo, há 20 anos os extratos continham pouco ou nenhum alérgeno de ácaro de poeira; atualmente isso mudou;
  • os extratos alergênicos não causam dependência fisiológica;
  • muitos pacientes encontram alívio depois de três a seis meses de tratamento;
  • as vacinas são seguras. Podem ser aplicadas em crianças e mulheres grávidas, embora não devam ser iniciadas durante a gravidez. Após uma injeção, os pacientes são monitorados no consultório médico caso ocorra alguma reação;

  • a maioria das vacinas são aplicadas com uma agulha fina dentro do tecido adiposo, não sendo dolorosas;
  • um programa de imunoterapia com 3 a 5 anos de duração pode dar alívio da alergia por 10 a 30 anos.
Desvantagens da imunoterapia:
  • inconveniência; as vacinas para alergia são geralmente aplicadas toda semana, durante vários meses, depois quinzenalmente e por fim a cada três ou quatro semanas; ter que fazer várias visitas ao consultório médico pode ser uma grande desvantagem para aqueles que têm uma agenda de trabalho agitada e vidas ocupadas; indivíduos que vivem na zona rural podem achar difícil fazer uma longa viagem até o consultório médico com tanta freqüência;
  • o compromisso com uma obrigação trabalhosa; dependendo da sua sensibilidade, você poderá receber vacinas por três a cinco anos;
  • as vacinas anti-alérgicas não são a cura para tudo, aliás, nada é. A batalha contra as alergias é multidimensional. Você não pode depender somente das vacinas para aliviar os sintomas. Se não forem tomadas medidas para evitar o alérgeno, as injeções poderão ser ineficazes;
  • muitas crianças e alguns adultos têm medo de injeções;
  • o local da injeção pode ficar dolorido e vermelho por várias horas ou dias. As doses de vacina devem ser aplicadas alternadamente em cada braço;
  • risco de anafilaxia; sintomas: lábios, língua ou orelhas inchados; inquietação ou agitação; face vermelha; urticária; sensações de picadas e coceira na garganta e na pele; palpitações ou zunido nos ouvidos; espirros, tosse ou dificuldade para respirar; náusea ou vômito; tontura; perda de controle da bexiga ou intestino; convulsões; pulso rápido e fraco; pele fria, úmida e pálida; falta de responsividade, que é o efeito colateral mais sério. Contudo, a maioria dos alergistas exige que o paciente permaneça no consultório por 15-30 min após receber uma injeção, uma exigência inconveniente, porém necessária. O risco é maior em pacientes com asma fora de controle;
  • as vacinas não controlam as alergias alimentares e podem agravar os sintomas de alergia na pele. Mas podem realmente ajudar o eczema.
Depois que você identificar seu problema de alergia, o próximo passo é escolher um tratamento. Apesar de haver muitos tratamentos efetivos, é importante escolher aquele que seja certo para você. Isso pode variar de um simples remédio vendido sem receita médica até um medicamento vendido somente com prescrição. Seu médico, depois que você encontrar um apropriado, deve ser capaz de ajudar.


Fontes:
http://jblog.jb.com.br/asuasaude/2011/08/19/alergia-imunoterapia-e-a-solucao/
http://www.colegioweb.com.br/biologia/imunoterapia.html

sexta-feira, 2 de março de 2012

Vírus afinal curam doenças?

Uma nova pesquisa conseguiu “engenhar” um vírus injetado no sangue que pode alvejar seletivamente as células cancerosas em todo o corpo.
Com resultados inéditos, o vírus atacou apenas tumores, deixando o tecido saudável intacto, em um pequeno teste com 23 pacientes.
Segundo os pesquisadores, as descobertas podem transformar totalmente as terapias. O tratamento com vírus se mostrou uma promessa real. Apesar de não ser um conceito novo, antes precisava ser injetado diretamente em tumores, a fim de escapar do sistema imunológico.
Na pesquisa, os cientistas modificaram o vírus JX-594, que é famoso por ser usado para desenvolver uma vacina contra a varíola. Ele é dependente de uma via química, comum em alguns tipos de câncer, para replicar.
O vírus foi injetado em doses diferentes no sangue dos pacientes que tinham câncer espalhado para vários órgãos do corpo.
Dos 8 pacientes que receberam a dose mais alta, o vírus replicou nos tumores de 7, mas não no tecido saudável.
“Esta é a primeira vez na história da medicina que uma terapia viral tem se mostrado consistente e replicado seletivamente no tecido de câncer após infusão intravenosa em humanos”, disse o pesquisador chefe, John Bell. “A entrega por via intravenosa é crucial para o tratamento do câncer porque nos permite alvejar tumores por todo o corpo e não apenas aqueles nos quais podemos injetar diretamente”, explica.
A infecção impediu o crescimento do tumor em 6 pacientes por um tempo. No entanto, o vírus não curou o câncer.
Os pesquisadores acreditam que o vírus pode ser usado para oferecer tratamentos diretamente às células cancerosas em concentrações elevadas, como terapia para cânceres complicados e difíceis de tratar.

fonte: http://www.suapesquisa.com/cienciastecnologia/virus.htm

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Um dogma cai e um novo campo de tratamentos de fertilidade nasce.

Uma equipa de cientistas confirmou a existência de células nos ovários de mulheres adultas equivalentes a células estaminais, com o potencial de produzir óvulos. A descoberta publicada agora na revista Nature Medicine abre portas para um novo campo de tratamentos de fertilidade.





Em qualquer manual de biologia está descrita a regra: uma mulher nasce com um número finito de óvulos que vai gastando desde a primeira menstruação até chegar à menopausa. Ao contrário do homem, que continua incessantemente a produzir espermatozóides até quase ao final da vida, o que se sabia das mulheres é que nasciam com cerca de um a dois milhões de óvulos imaturos e por volta dos 50 anos teriam não mais do que mil. Apesar de apenas ser libertado um óvulo durante cada ciclo menstrual, a grande maioria destas células vão morrendo ao longo da vida fértil da mulher.

Mas a descoberta da equipa do investigador Jonathan Tilly, da Escola Médica de Harvard, em Massachusetts, estilhaça este dogma. Aparentemente, os ovários de mulheres adultas ainda têm células com o potencial de se diferenciar até se transformarem em óvulos, um processo que até agora se pensava que só acontecia até às 20 semanas de gestação, durante o desenvolvimento embrionário dos fetos do sexo feminino.

A investigação de Tilly é a continuação de uma história que começou em 2004, quando o cientista publicou um artigo onde mostrava que nos ratinhos havia um desperdício demasiado grande de óvulos imaturos durante cada ciclo menstrual, para que não houvesse uma produção contínua desta linha celular. Na altura, a comunidade científica desconfiou dos resultados argumentando que a equipa tinha feito contagens erradas.

Passados cinco anos, uma equipa de investigadores na China conseguiu demonstrar a existência destas células em ratinhos. Agora, a equipa de Tilly voltou à carga e deu o salto para os humanos. Para isso, utilizaram o tecido de ovários de seis mulheres, dos 22 aos 33 anos, que decidiram mudar de sexo, e que deram consentimento para utilizarem o seu material biológico. 

Os cientistas, através de uma técnica que detecta moléculas que só existem à superfície das células estaminais, conseguiram filtrar estas do resto das células do ovário. Depois, num determinado meio de cultura, as células estaminais formaram espontaneamente células parecidas com óvulos imaturos.

Para testar como é que as células se comportariam num meio mais natural, injectaram num tecido de ovário algumas células estaminais geneticamente modificadas para produzirem a proteína fluorescente e colocaram o pedaço de ovário por baixo da camada de pele de um ratinho. Passadas duas semanas, o implante de ovário tinha desenvolvido folículos – onde os óvulos amadurecem para serem libertados do ovário –, dentro destes folículos estavam células fluorescentes, que se desenvolveram a partir das células estaminais injectadas.

“O objectivo principal deste estudo foi provar que as células estaminais que produzem óvulos existem de facto nos ovários de mulheres que estão no período fértil. Achamos que estudo prova isso de uma forma muito clara”, disse Jonathan Tilly. 

Embora ainda não haja nenhuma prova que estas células produzam óvulos de forma natural no ovário de mulheres adultas e férteis, esta descoberta “abre a porta para o desenvolvimento de tecnologias novas para ultrapassar a infertilidade em mulheres e talvez no futuro adiar a altura em que os ovários deixam de funcionar”, disse o investigador. A investigação é particularmente promissora para as mulheres que sofrem de menopausa prematura e doentes com cancro que são tratadas com quimioterapia e ficam estéreis.



Fontehttp://www.publico.pt/Ci%EAncias/ovarios-das-mulheres-adultas-tem-celulas-estaminais-com-o-potencial-de-produzir-ovulos-1535581

Vírus do papiloma humano

HPV: informação aos doentes
O que é o HPV?

O Vírus do Papiloma Humano (HPV) é um vírus sexualmente transmissível com a capacidade de infectar todas as pessoas, independentemente do seu sexo, idade, etnia ou localização geográfica. Desde o inicio dos anos 90, a associação deste vírus com o desenvolvimento do carcinoma do colo do útero, verrugas e outras patologias anogenitais tem sido muito forte, acreditando-se hoje que esteja presente em 99% dos casos de cancro do colo do útero.

As infecções por HPV são extremamente comuns, no entanto, a maioria dos indivíduos infectados não apresenta sintomas. Existem diferenças ao nível das infecções por HPV, sendo que a presença de papilomas ou de verrugas genitais sugere infecção por HPV’s não oncogénicos (baixo-risco) enquanto que no caso de lesões do colo do útero os mais frequentes são os oncogénicos (alto-risco).
Sendo uma infecção transmitida por via sexual, são extremamente importantes as precauções a este nível. A utilização de preservativos não garante protecção contra a infecção por HPV, apesar do seu uso ser recomendado devido à eficácia na prevenção de outras infecções sexualmente transmissíveis.
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Existem tipos diferentes de HPV?
O HPV pertence à família dos Papovavírus, na qual foram encontrados mais de 120 tipos diferentes. A maior parte dos tipos leva ao desenvolvimento de verrugas cutâneas, no entanto, existem outros capazes de infectar a região anogenital. Ainda assim, os tipos de HPV encontrados nas verrugas não são os mesmos dos tumores malignos, facto que mostra a importância do estudo do HPV.
Dentro dos tipos capazes de infectar a região anogenital, podem distinguir-se dois tipos: baixo e alto risco, em função da sua capacidade em induzir o desenvolvimento do carcinoma do colo do útero.
As estirpes de HPV de baixo risco/não oncogénicas (tipo 6,  11, etc...) são encontradas nos condilomas/verrugas genitais e apresentam menor risco de progressão para malignidade. As estirpes de HPV de alto risco/oncogénicas (tipo 16, 18, 31, 33, 45, 58, etc...) estão associadas ao desenvolvimento de lesões malignas.
No geral, uma infecção por HPV não leva ao desenvolvimento de cancro. No entanto, 99% das mulheres que têm cancro do colo uterino estão infectadas por estirpes de HPV de alto risco.
....................................................................................................................................................................................Quais são as características da infecção por HPV?
....................................................................................................................................................................................Quais são os sintomas?
Normalmente, uma infecção por HPV é assintomática, não localizada e na maioria das vezes multicêntrica. Geralmente não se observa qualquer alteração no corpo, podendo surgir apenas comichão, ardor durante o acto sexual ou corrimento anormal.
As infecções por HPV podem-se manifestar de três formas distintas:
  • forma latente: caracterizada pela presença latente do vírus e que não apresenta qualquer sintoma que evidencie sinais para diagnóstico. Pacientes com histórico de infecções por HPV devem, juntamente com os exames de rotina, efectuar diagnósticos por técnicas de biologia molecular que permitem a identificação do vírus e assim esclarecer o possível desenvolvimento de qualquer lesão.
  • forma subclínica: infecção assintomática ou apenas com alguns sinais inespecíficos, como prurido, ardência e dor durante a relação sexual. Médicos ginecologistas são capazes de identificar e visualizar uma lesão sob a forma subclínica, utilizando métodos de diagnósticos específicos, como por colposcopia. A análise de infecção por HPV deve ser efectuada quando há suspeita de alterações no colo do útero.
  • forma clínica (condiloma): presença de verruga genital visível a olho nú com um aspecto áspero e irregular (couve-flor) que pode aparecer nas formas acuminado, plano e gigante. A mais comum é a forma acuminada, uma forma verrugosa de cor rósea, superfície rugosa e consistência firme, conhecida como crista de galo. A forma plana aparece como tecido branco acompanhado ou não de alterações vasculares. O condiloma gigante é a forma vegetante e exuberante, caracterizada por um crescimento por vezes muito rápido.
fonte:http://www.ipoporto.min-saude.pt/InfoUtente/hpv.htm
O HPV é facilmente transmitido por contacto sexual, não sexual (familiar ou hospitalar) e por via materno fetal (durante a gestação, intra e periparto). Apesar de nada se saber acerca da viabilidade do vírus fora do organismo, considera-se a transmissão por via não sexual apenas viável durante curtos períodos de tempo. O período de incubação, desde a infecção até ao desenvolvimento de doença (forma clínica e/ou subclínica) não é muito bem conhecido. Contudo, muitos estudos sugerem que este demorará entre 3 semanas a 8 meses, com uma média de 3 meses, desde que existam as condições propícias para o seu desenvolvimento. Na maioria das vezes o desenvolvimento está relacionado com a competência imunológica de cada indivíduo e a carga viral (quantidade de vírus) no local da infecção.

O que é o HPV?
Existem tipos diferentes de HPV?
Quais são as características da infecção?
Quais são os sintomas?
Como pode ser feito o diagnóstico?
Em que consiste o tratamento?
Como posso prevenir o HPV?
Desdobrável HPV parte I, parte II

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Cura para diabetes? pâncreas articial será o caminho?

A doença diabetes mellitus tipo 1, caracterizada pela incapacidade do pâncreas em produzir insulina, torna o paciente “preso” pelo resto da vida a tratamentos para suprir essa deficiência, tendo que checar várias vezes por dia seus níveis de insulina.
A doença é aparentemente incurável. Para resolvê-la, só mesmo um novo pâncreas. Mas pode ser um pâncreas artificial. E é isso que pesquisadores da Universidade de Virgínia (EUA) desenvolveram.
O grande incômodo do portador de diabetes é justamente o monitoramento constante dos níveis de açúcar no sangue. Por essa razão, o que os cientistas americanos conceberam foi um aparelho que faz essa regulagem automaticamente.
O dispositivo já foi testado, e com sucesso: na Itália e na França, oito pacientes usaram o equipamento enquanto passavam uma noite no hospital, por precaução. Mas não foi necessária nenhuma intervenção dos médicos: o pâncreas artificial deu conta de manter a glicose do sangue nos níveis corretos, sem nenhuma ajuda.
Pensando na praticidade, os pesquisadores desenvolveram uma máquina leve, portátil e de fácil manuseio. O monitor dos níveis, que deve servir apenas para verificação se tudo estiver funcionando corretamente, é um smartphone reconfigurado, fácil de operar, e que cabe nas mãos do paciente.
Os cientistas estão otimistas quanto à continuidade do projeto. Dentro de seis semanas, pacientes nos EUA também devem passar por experimentos, e o objetivo é simular de forma mais precisa a vida real de um portador usando o pâncreas artificial

fonte: visão