Novas pistas sobre o processo de envelhecimento
Equipa internacional dirigida por português
faz importante descoberta
sobre os telómeros
2012-03-02
Por Luísa Marinho
Os telómeros encontram-se nas extremidades dos cromossomas e apresentam-se segundo uma estrutura que confere protecção ao material genético de sofrer dados durante a divisão celular. Estes danos são factores importantes no processo de envelhecimento celular.
Em conversa com o «Ciência Hoje», João
Passos, explica que já se sabia que “os telómeros afectam o
envelhecimento, pois vão encurtando com o tempo. Se os medissemos conseguríamos
obter a idade celular”.
O que se percebeu agora é que “os telómeros são particularmente susceptíveis a danos no DNA e que o dano induzido por stress aos telómeros, até mesmo os mais longos, é irreparável”.
A investigação “envolveu experiências
com células de ratinhos que têm telómeros muito longos. Foram expostas a
elementos de stress, ou seja, agentes que danificam o DNA”. Percebeu-se
então que os telómeros ficaram danificados o que impede que as células sejam
capazes de se regenerar. Além disso,“produzem moléculas inflamatórias
que estão ligadas ao envelhecimento e a doenças”.
Uma das maneiras de tentar resolver estes problemas é eliminar as células senescentes dos tecidos. “Isto já foi feito (está descrito num artigo recente de investigadores da Mayo Clinic) e levou a uma melhoria na formação dos tecidos, indica o investigador. Outra das hipóteses é eliminar a inflamação”.
Outra ideia seria reparar os telómeros para que as células se continuassem a dividir. No entanto, “este caminho é perigoso”, considera, pois a razão “porque as células não se dividem pode ser por defesa, para impedir que células que possam provocar cancro se espalhem”.
A equipa liderada por João Passos é multinacional. O investigador refere que Francisco Marques (Universidade de Newcastle) e Clara Correia-Melo (Programa Doutoral GABBA da Universidade do Porto em colaboração com a Universidade de Newcastle) dois estudantes de doutoramento portugueses tiveram contribuições importantes neste trabalho.
Artigo: Telomeres are favoured targets of a persistent DNA damage response in ageing and stress-induced senescence
O que se percebeu agora é que “os telómeros são particularmente susceptíveis a danos no DNA e que o dano induzido por stress aos telómeros, até mesmo os mais longos, é irreparável”.
Uma das maneiras de tentar resolver estes problemas é eliminar as células senescentes dos tecidos. “Isto já foi feito (está descrito num artigo recente de investigadores da Mayo Clinic) e levou a uma melhoria na formação dos tecidos, indica o investigador. Outra das hipóteses é eliminar a inflamação”.
Outra ideia seria reparar os telómeros para que as células se continuassem a dividir. No entanto, “este caminho é perigoso”, considera, pois a razão “porque as células não se dividem pode ser por defesa, para impedir que células que possam provocar cancro se espalhem”.
A equipa liderada por João Passos é multinacional. O investigador refere que Francisco Marques (Universidade de Newcastle) e Clara Correia-Melo (Programa Doutoral GABBA da Universidade do Porto em colaboração com a Universidade de Newcastle) dois estudantes de doutoramento portugueses tiveram contribuições importantes neste trabalho.
Artigo: Telomeres are favoured targets of a persistent DNA damage response in ageing and stress-induced senescence
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