Será que existe uma maneira de fazer o corpo deixar de rejeitar um
órgão doado, evitando que o paciente precise ficar a vida inteira
tomando remédios para controlar os efeitos dessa rejeição? Uma mulher
americana de 47 anos, que há dois recebeu um transplante de rim, já está
totalmente livre destes medicamentos.
O principal desafio de um receptor de órgãos é lidar com o próprio
sistema imunológico ao aceitar um corpo externo no organismo. Os
remédios que geralmente eles são obrigados a tomar têm uma série de
possíveis efeitos colaterais, tais como infecções, pressão alta,
diabetes, doenças do coração e até câncer.
Já em 1960, dois cientistas britânicos venceram o Prêmio Nobel por
descobrir como animais poderiam ser treinados para tolerar tecidos
externos. Para que isso fosse uma realidade também em humanos, no
entanto, passou um longo tempo.
O procedimento atual é conhecido como “quimerismo”. Sua ideia
principal é dar um jeito de fazer as células do sistema imunológico do
doador e do receptor coexistirem de forma pacífica. Isso é feito através
de uma manipulação na medula óssea, na qual as células tronco são
submetidas a uma quimioterapia. É o que foi feito com Lindsey Porter, a
paciente de Chicago (EUA).
Este mecanismo serve para que as células sejam reduzidas ao estado
mais “adaptável” possível. Quando o órgão novo é implantado no corpo, a
medula volta ao seu estado normal com as células já familiarizadas com o
novo órgão. Depois do transplante, o paciente toma remédios anti
rejeição por precaução, mas a tendência é que as doses diminuam até
serem desnecessárias.
Como se trata de um método novo, não está livre de riscos. Alguns
cientistas apontam o fato de que a aplicação de uma quimioterapia na
medula óssea torna boa parte do organismo altamente vulnerável por algum
tempo, o que pode gerar um problema futuro ainda maior. Mas os
pesquisadores também já trabalham na superação desta fragilidade. fonte: http://saude.hsw.uol.com.br/sistema-imunologico.htm
Sem comentários:
Enviar um comentário